Foram necessários 2 anos e meio para voltar-me a sentir confortável com o meu corpo!

Foram necessários 2 anos e meio para voltar-me a sentir confortável com o meu corpo!

Sim, 2 anos e meio… Se regressou ao que era? Não sei… ou se neste momento como está, já me faz sentir bem e aceitei o que mudou.

Fico a pensar em toda a pressão que é colocada para as mães voltarem à “forma”, as questões comuns sobre peso e corpo.

No meio do turbilhão de renascermos como pessoas, é o que menos precisamos.

Existem mulheres que regressam à sua forma facilmente, outras que nunca regressam, outras como eu, que demoram um tempo considerável a sentirem-se bem.

Começo a achar e a sentir que muito tem a ver com este nosso Renascimento, com esta transformação que passamos. Começo a observar e a acreditar que este “regressar à forma” também tem a ver com o regressar à “forma” da nossa sanidade mental, a nos voltarmos a sentir nós e centradas. O deixarmos de estar perdidas neste turbilhão, de estar perdidas entre o que éramos e o que somos agora.

Acredito e sinto que quando finalmente nos sentimos “Nós próprias”, o corpo também se adapta. Não é o corpo apenas um espelho do que sentimos? Não está ele sempre a dar-nos indicações do que precisamos? Então como não também num processo de renascimento?

Se não estamos bem connosco mesmas, se nos sentimos como se estivessemos dentro de àgua sem conseguir vir à tona, perdidas no meio da floresta, como nos sentirmos bem no nosso corpo e na nossa pele? Como reconhecê-lo novamente como nosso?

Se calhar está aí a complexidade desta transformação da maternidade… Ela transforma tudo, profundamente, não só internamente. Ela é tão intensa e forte, que se espelha no nosso corpo também.

Então pergunto-me… Demorei 2 anos e meio a sentir-me Eu?

Se pensar bem, acho que está certo e alinhado. Não sei se posso dizer que já me descobri por inteiro, mas sem dúvida que nunca me senti tão na Verdade comigo mesma, tão despida…

Sem dúvida que estou finalmente consciente de muita coisa e de como me sinto. Do que ser mãe fez comigo, mais consciente das minhas sombras e da minha luz, mais consciente do que a minha filha veio espelhar, não me dando hipótese de não me olhar no “espelho”. E aí, temos 2 hipóteses:

Ou voltamos a ignorar porque dói de mais, e continuamos perdidas, a viver quase superficialmente, como se sobrevoássemos o chão, ou decidimos encarar e caimos fundo… Caímos redondas no chão, mas levantamos-nos com consciência e com toda a força para evoluirmos junto com eles, estes mestres pequeninos.

Cair fundo? Dói… provavelmente chegamos ao momento que achamos que estamos realmente loucas, que nunca curámos coisas do nosso parto e pós parto… Mas ao mesmo tempo sentimos uma paz imensa, uma liberdade que não conseguimos explicar. Liberdade de finalmente não esconder mais coisas cá dentro, liberdade de sermos verdadeiras connosco mesmas. Liberdade de nos assumirmos quem somos, no pior e no melhor.

E como qualquer transformação na nossa vida, acarreta dor e ir ao fundo, mas o emergir daí é algo mágico.

É a versão mais pura de nós, Renascida.

E aí mulheres, é aí que mudamos o mundo aos poucos!!!

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Sou Eneacoach, formada em Doula, speaker, companheira e mãe. Criadora do método Eneabirth Coaching e da comunidade Mães Imperfeitas.

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