Cada vez mais tomo consciência do que ser mãe faz connosco…
Ser mãe traz-nos a possibilidade brutal de nos transformarmos na maior potencialidade que somos.
Ser mãe permite que olhemos verdadeiramente para o nosso interior, para o nosso real Eu.
Ser mãe destrói para voltar a construir, parte barreiras, destrói crenças, coloca em causa valores.
Ser mãe despe-nos.. deixa-nos nuas na nossa vulnerabilidade, despe-nos de conceitos, de máscaras, de superficialidades. Deixa-nos tão despidas, que para nos voltarmos a “vestir” precisamos conhecer o nosso corpo, a nossa alma, a nossa essência, para que possamos escolher a “roupa” que mais nos encaixa e que nos “serve” na perfeição.
Até lá, andamos desleixadas… Desleixadas com o nosso cabelo, no cuidar de nós próprias, na roupa que vestimos… não porque não queremos cuidar de nós, simplesmente porque não sabemos como nos arranjar, o que “vestir”, o que nos “serve”. Tudo se torna um imenso vazio inexplicável.
Até lá, até essa descoberta, é um mergulhar nas nossas águas mais profundas, é andarmos enroladas nas ondas, a tentar sobreviver e não nos afogarmos. Afogar em desespero, em solidão, em sentir que não sabemos mais onde pertencemos.
Ser mãe é a oportunidade de renascer, de nos descobrirmos, de ser quem realmente somos e quem realmente queremos ser.
Ser mãe, permite com que finalmente possamos utilizar tudo o que vivemos, sejam coisas boas ou más, todos os ensinamentos que tivemos na vida, finalmente podemos dar uso a tudo o que já vivenciamos.
Ser mãe é a profunda transformação do nosso ser, é um ritual de passagem, e por isso precisa de tanto cuidado e atenção.
Tornarmos-nos mães implica ficarmos inseguras, perdidas, meninas, significa ser vulnerável, chorar, rir, fugir… Para que daí possa renascer o nosso verdadeiro eu!!!